De acordo com um estudo da Accenture de 2018, empresas inclusivas e diversificadas são 11 vezes mais inovadoras e equipes diversificadas são mais criativas. Assim, observa-se o impacto positivo, social e econômico da incorporação da diversidade em uma organização.
É notável que cada pessoa é única, com suas características pessoais, seja em relação a diversidade étnico-racial, orientação afetiva e/ou sexual, identidade de gênero, idade, dentre tantas outras características.
O fato é que, em relação a área contábil, desde o passado até os dias atuais, ainda há uma visão estereotipada e preconceituosa acerca do “padrão ideal” do profissional contábil, referente ao contador homem, branco, cisgênero, heterossexual e sem deficiência.
Diante do exposto, destaca-se que todas as pessoas que não correspondem com esse “padrão ideal”, podem sofrer algum tipo de preconceito e dificuldades para se inserirem em escritórios e departamentos de contabilidade e no ensino contábil, tanto na graduação, mestrado, doutorado, quanto na docência universitária em Ciências Contábeis.
Portanto, entender a realidade da área contábil e os reflexos da interseccionalidade na profissão é o primeiro passo para a inclusão da diversidade nas organizações contábeis.
É importante questionar os espaços contábeis na atualidade, por exemplo: no seu escritório de contabilidade há pessoas negras, trans ou Pessoas com Deficiência (PcD)? Há equidade salarial entre gêneros que ocupam cargos semelhantes?
Para além da inclusão por meio da contratação, é preciso haver ações empresariais voltadas para a permanência dessas pessoas nos escritórios de contabilidade, por meio de cursos de capacitação, treinamentos, planos de carreira, bem-estar desses profissionais, além de capacitar toda a equipe em relação à importância da inclusão e o respeito à diversidade.
No LinkedIn, por exemplo, é possível entrar em contato com pessoas trans que prestam serviços de consultoria e palestras sobre Diversidade, Equidade e Inclusão (DEI).
Há empresas de consultoria de Recursos Humanos, focadas na diversidade Étnico-Racial, atuando de forma plural para valorização da diversidade, inclusão, retenção e ascensão de profissionais negros e afrodescendentes, como a EmpregueAfro, por exemplo.
Em relação às pessoas trans, contadores e contadoras podem entrar em contato com a TransEmpregos, que é o maior banco de talentos de profissionais trans do Brasil, cadastrando seus escritórios de contabilidade para oferecerem vagas de trabalho para pessoas trans, de maneira gratuita.
Além disso, é importante acompanhar as atividades das Comissões de Diversidade dos Conselhos Regionais de Contabilidade (CRC) que estão atuando com ações voltadas para a inclusão da diversidade na área contábil.
Via: https://www.contabeis.com.br/artigos/7590/promovendo-diversidade-nos-escritorios-contabeis/
